PESQUISA CIENTÍFICA

Pesquisa



A pesquisa científica, realizada pelo IPCS, compreende a aplicação prática de um conjunto sistematizado de processos metodológicos de investigação utilizados para o desenvolvimento de um estudo. Nós contamos com dois grupos de pesquisa que são:
  • Levantamento do nível de stress no Brasil e suas causas;
  • Validação do Inventario de Qualidade de Vida;
  • Estressores ocupacionais, níveis de stress em servidores da Segurança Pública;
  • Influência do nível de stress na qualidade de vida em quatro áreas: social, afetiva, profissional e saúde;
  • Influência de stress pós traumático na força policial.

O Grupo de Estudos sobre stress tem realizado pesquisas bianuais sobre o stress do povo brasileiro, nos seguintes anos 2014, 2017 e 2020. Os objetivos da pesquisa tem sido:

  • Conduzir um levantamento da incidência de stress no Brasil, de acordo com autopercepção dos brasileiros e se o brasileiro considera que sabe lidar com o stress;
  • Verificar se os brasileiros acham que o stress diminuiu, aumentou ou continuou igual comparando-se o presente com o passado e verificar qual o nível de stress que eles julgam aceitável no ser humano adulto;
  • Mapear as maiores fontes de stress do brasileiro;
  • Mapear as estratégias de enfrentamento a que o brasileiro utiliza para lidar com seus desafios;
  • Levantar as doenças mais comuns nos respondentes e ver se tem ligação com o stress.

OS RESULTADOS DA PESQUISA DE 2014 FORAM RESUMIDAMENTE:
O estudo contou com a colaboração de 2.195 brasileiros com idade de 18 a 75 anos, sendo 25,65% do sexo masculino e 74,35% do feminino de todo o país. Dados indicaram:

  • 34,26% dos entrevistados indicam que percebem que seu nível de stress está extremo
    (notas 8-10 na escala de 10 pontos);
  • 4,02% considera que está experimentando stress extremo (nota 10 na escala de 10 pontos);
  • Os brasileiros lutam, usando inúmeras estratégias que vão desde conversar com a família e amigos sobre o problema até procurar um psicólogo, acupunturista, rezar, fazer compras e comer, tentando manter seu nível de stress dentro do que eles acreditam ser o normal (níveis 5-6 na escala de 10 pontos), porém, para 34,26% deles o índice de stress percebido está extremo (notas 8-10 na escala de 10 pontos);
  • Mais de um terço dos 2.195 brasileiros acha que o nível de stress aumentou ultimamente;
  • 61,21% acha que consegue lidar com os seus estressores apenas parcialmente e 2,52% acreditam que não conseguem lidar de modo algum com o que os estressa;
  • Os relacionamentos (familiares, amorosos, com colegas e chefes) são apontados como a maior fonte de stress pra os brasileiros;
  • Dificuldades financeiras são indicadas como o segundo maior estressor do brasileiro;
  • Sobrecarga de trabalho é o terceiro maior estressor;
  • 52,28% já tiveram ou tem o diagnóstico e stress;
  • 55,60% sofrem de ansiedade;
  • 23,20% sofrem ou sofrem de depressão;
  • 10,37% têm ou já tiveram pânico.

OS RESULTADOS DA PESQUISA DE 2017:
STRESS IN BRAZIL

Stress is on the rise around the world and has been associated with the ontogenesis of several diseases, especially mental health, in both developed and developing countries. Brazil is a fast-developing country where changes in social values and customs are occurring at a very fast pace, together with changes in economic and technological areas. The aim of the present study was to evaluate the prevalence of stress, the symptoms people perceive as indicative of stress and which stressors are more prevalent in the Brazilian adult population. It also sought to examine which illnesses are most prevalent in stressed individuals. We analyzed the answers from 2,592 adults, aged 18 and over, who responded to the 2017 Stress in Brazil online Survey. We found that 52% of them stated that they were very stressed out, scoring between 8 and 10 on a scale from 1 (not at all stressed out) to 10 (extremely stressed out). Depression and anxiety were reported by 29% and 21% of the sample, respectively. The high rates are discussed in terms of economics and family relationship issues. Building on these findings, we concluded that stress is a serious health-related problem in Brazil and, given its high prevalence rate, preventive measures should be the responsibility not only of the individuals, but it also requires that work organizations and government take measures to alleviate the heavy toll that life in Brazil is imposing on its adult population.

O artigo completo desta pesquisa pode ser acessado em: Marilda E.N Lipp, Tátila Martins L, Louis M.N.Lipp, et al. Stress in Brazil. Int J Psychiatr Res. 2020; 3(3): 1-4.

OS RESULTADOS DA PESQUISA DE 2020:
STRESS E TRANSTORNOS MENTAIS DURANTE A PANDEMIA DA COVID19 NO BRASIL

A pesquisa averiguou em uma amostra transversal espontânea de 3.223 brasileiros adultos que responderam a um questionário on-line:

  1. A prevalência de stress, depressão, ansiedade e doenças físicas presentes;
  2. As estratégias de enfrentamento utilizadas;
  3. Os estressores presentes;
  4. O nível de confiança nas decisões das autoridades;
  5. O quê de positivo a quarentena estava trazendo para os respondentes.

Os resultados indicaram altos índices de stress (60%), ansiedade (57,5%), depressão (26%) e pânico (14%) bem como grande incerteza quanto ao futuro.

  • Verificou-se uma associação significativa entre ter stress e ansiedade (X2 =739,40, gl=1,p=0,001);
  • Stress e depressão (X2=286,94, gl=1,p=0,001);
  • Stress e pânico (X2=209,06, gl=1,p=0,001).

O estressor mais mencionado foi a incerteza quanto a se as autoridades estavam tomando as ações corretas para o controle da pandemia, seguida de preocupação com possível contaminação de familiares e com as finanças. Resultados indicaram a necessidade de ações governamentais e corporativas de apoio aos indivíduos com dificuldades emocionais visando impedir o estabelecimento de uma pandemia de transtornos mentais no futuro.

O artigo completo desta pesquisa pode ser acessado em: Marilda E.N Lipp, & Louis M.N. Lipp. Stress e Transtornos Mentais durante a Pandemia da COVID19 no Brasil. Boletim, v.40.No.99,180-191.

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